O desfile do 2 de Julho em Salvador ganhou ainda mais emoção com a presença de 17 fanfarras, que embalaram o cortejo com muito som, ritmo e orgulho baiano. As bandas marciais se apresentaram nesta quarta-feira (2), logo após a passagem dos símbolos da independência: o Caboclo e a Cabocla.
Com o tema “Eu sou o 2 de Julho”, o desfile cívico uniu escolas, famílias, turistas e estudantes. A concentração começou na Praça Castro Alves e seguiu até o Campo Grande, reunindo fanfarras de Salvador e cidades como Vitória da Conquista, Simões Filho, Belmonte e Dias D’Ávila.
Além da música, o desfile também é um projeto pedagógico. Os alunos aprendem sobre personagens históricos como Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica, e colocam o conhecimento em prática na avenida.
“Isso aqui é uma aula de campo. Eles aprendem história tocando, marchando, vivendo o 2 de Julho de verdade”, explicou Alves Ramos, presidente da Associação do Instituto Cultural Escola São Joaquim, de Salvador.
O maestro Joia Oliveira, da Banda Marcial Olímpica de Dias D’Ávila, reforçou a importância da disciplina e do impacto da fanfarra na vida escolar:
“Eles precisam tirar boas notas para tocar na banda. É uma forma de educar, ocupar e transformar vidas”, disse.
A tradição também segue com grupos formados por veteranos, como a Fanfarra Elos de Ouro, que mistura gerações e mantém viva a chama da música de rua.