Depois de 76 dias de paralisação, os alunos da rede municipal de ensino de Salvador voltarão às salas de aula a partir desta segunda-feira (21). A confirmação foi feita pelo prefeito Bruno Reis, após reunião com a diretoria da APLB-Sindicato, nesta sexta-feira (18). Algumas escolas já retomam as atividades neste sábado (19), por meio do programa Aprender+, que oferece aulas aos sábados.
Segundo o prefeito, foi firmado um acordo com os professores, e o calendário escolar será reorganizado para garantir os 200 dias letivos obrigatórios por lei. O ano letivo vai se estender até janeiro de 2026.
“A partir de segunda-feira é 100% normalidade. Vamos estabelecer um calendário para reposição das aulas. Foram 43 dias úteis comprometidos, mas não vamos deixar de cumprir os 200 dias”, garantiu Bruno Reis.
O secretário municipal de Educação, Thiago Dantas, também comemorou o fim da greve e ressaltou a importância da retomada do programa Aprender+. “Os pontos apresentados pelo sindicato foram, em sua maioria, atendidos. E os que não foram, entrarão em debate. A prioridade agora é cuidar da aprendizagem e acolher os alunos nas escolas.”
Além da reposição das aulas, o acordo prevê a criação de uma mesa permanente de negociação entre a Prefeitura e a APLB, com o objetivo de fortalecer o diálogo e valorizar os profissionais da educação.
Bruno Reis também fez um apelo às famílias:
“Pais, mães e responsáveis: podem levar suas crianças para a escola. As aulas estão de volta com todas as turmas e professores. Agora é hora de recuperar o tempo perdido.”
Participaram da reunião os secretários de Educação (Thiago Dantas), de Gestão (Alexandre Tinoco), de Governo (Cacá Leão), além do presidente da APLB, Rui Oliveira, e demais dirigentes sindicais.
A paralisação dos professores teve início no dia 4 de maio e foi considerada ilegal pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, a gestão municipal manteve o diálogo até a construção do acordo.
Agora, com o retorno confirmado, o foco da Prefeitura e da categoria será na recomposição da aprendizagem, para que nenhum estudante fique para trás.