Em assembleia realizada na terça-feira (8), os professores da rede municipal de Salvador decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A paralisação completou dois meses nesta semana e segue sem acordo entre a categoria e a prefeitura.
Segundo a APLB, sindicato que representa os trabalhadores, a proposta apresentada pelo município foi rejeitada pela maioria dos educadores. Entre os principais pontos da discordância estão o reajuste salarial e o plano de carreira, além da ausência da gratificação por regência de classe, que era um dos principais pedidos da categoria.
A greve começou em 4 de maio e já afeta cerca de 131 mil estudantes da rede municipal. Ao todo, são 415 escolas e creches espalhadas por Salvador. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (Smed), 138 unidades estão totalmente paralisadas, 189 funcionam parcialmente e 79 mantêm as aulas normalmente.
Além da remuneração, os professores também reivindicam:
- Melhor infraestrutura nas escolas;
- Climatização das salas de aula;
- Materiais pedagógicos;
- Valorização da carreira docente.
Bairros como Cajazeiras seguem impactados diretamente pela paralisação. Sem aulas regulares, muitas famílias enfrentam dificuldades para conciliar trabalho e cuidado com as crianças.
Ainda não há nova rodada de negociação anunciada pela prefeitura.