A greve dos profissionais da educação da rede municipal de Salvador completou 70 dias nesta segunda-feira (14), marcando um dos movimentos mais longos da categoria nos últimos anos.
Durante assembleia realizada pela manhã, no Ginásio dos Bancários, os educadores aprovaram, por maioria, uma nova contraproposta elaborada pelo Comando de Greve. O documento foi encaminhado à Prefeitura no mesmo dia.
Entre as reivindicações, a categoria pede a correção da tabela de vencimentos, com base na Lei 8.722/2014, além da criação de uma Gratificação Educacional de 30% para professores, coordenadores e gestores escolares. A proposta prevê que esse benefício seja implantado de forma escalonada entre 2026 e 2028.
Outro ponto importante da pauta é o restabelecimento da ajuda de custo de 50% para educadores que atuam nas ilhas do município, onde o deslocamento é mais difícil e as condições de trabalho são desafiadoras.
A luta dos professores tem impacto direto em comunidades como Cajazeiras, que concentra dezenas de escolas da rede pública e milhares de estudantes sem aula há mais de dois meses. Muitos pais têm relatado dificuldades para manter a rotina de aprendizado dos filhos.
Nesta terça-feira (15), a categoria pretende voltar às ruas com uma manifestação marcada para as 10h, na Estação da Lapa. Já na quarta-feira (16), uma nova assembleia deve acontecer, com horário ainda a ser divulgado.
A Prefeitura de Salvador ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova proposta enviada pelos professores